Imperatriz Leopoldinense é a campeã do carnaval 2023 do Rio, um ano depois de retornar à elite

Verde e Branca trouxe uma fábula sobre a morte de Lampião à luz da cultura do co

22/02/2023 - 18:18

A Imperatriz Leopoldinense é a grande campeã do carnaval 2023 no Rio de Janeiro. A Verde e Branca de Ramos chegou ao nono título da história apenas um ano depois de regressar ao Grupo Especial — em 2019, foi rebaixada para a Série Ouro, conquistou em 2020 o acesso e reestreou na elite em 2022, quando ficou em 10º lugar.

A vitória, 22 anos depois da última conquista, veio com uma divertida fábula sobre Lampião, o Rei do Cangaço. Leandro Vieira, que conquistou seu terceiro campeonato no Grupo Especial, retratou a vida e a morte do jagunço, barrado no inferno e no céu, à luz da cultura do cordel e num Nordeste multicolorido.

Desfile das campeãs

No próximo sábado (25), a Imperatriz vai encerrar o desfile das campeãs. Segundo a Liesa, há ingressos à venda no Setor 11 da Sapucaí, somente em dinheiro.

 

6º lugar: Acadêmicos do Grande Rio

5º lugar: Estação Primeira de Mangueira

4º lugar: Beija-Flor de Nilópolis

3º lugar: Unidos de Vila Isabel

Vice-campeã: Unidos do Viradouro

Campeã: Imperatriz Leopoldinense

O Império Serrano terminou em 12º lugar e foi rebaixado para a Série Ouro.

 

Classificação final

Imperatriz Leopoldinense: 269,8

Unidos do Viradouro: 269,7

Unidos de Vila Isabel: 269,3

Beija-Flor de Nilópolis: 269,2

Estação Primeira de Mangueira: 269,1

Acadêmicos do Grande Rio: 268,6

Acadêmicos do Salgueiro: 268,5

Paraíso do Tuiuti: 268,3

Unidos da Tijuca: 268,2

Portela: 267,7

Mocidade Independente de Padre Miguel: 266,6

Império Serrano: 265,6

Veja como foi o desfile de Ramos

O desfile da Imperatriz contou com 3 mil componentes divididos em 24 alas, com cinco carros e dois tripés.

O cordel deu as caras logo na comissão de frente.

No abre-alas, Lampião aparecia em seu cavalo sobre uma reprodução colorida do Sertão, com bois, cactos e grandes crânios bovinos. Como destaque, Matheus Nachtergaele e Regina Casé como Lampião e Maria Bonita.

Nas primeiras alas, a escola costurou a vida de Lampião e seu bando com cultura popular nordestina da época, com beatos, repentistas, cordelistas, carpideiras e mamulengueiros.

As desventuras do cangaceiro, pelo menos em vida, já terminaram no segundo carro. Não menos colorida que a primeira, a alegoria mostrava a morte do bando pela polícia.

Desse momento em diante, a Imperatriz assumiu um tom vermelho pra narrar a jornada de Lampião ao inferno.

Lá, o próprio Cramulhão pede que seus demônios impeçam a entrada do cangaceiro.

A partir do terceiro carro, a escola adota o azul como cor majoritária na subida aos céus. Apesar de um lugar de paz, os santos começam uma grande batalha para expulsá-lo de lá, como foi contado no quarto carro.

Na última alegoria, que celebrava a herança cultural de Lampião, o destaque era Expedita Ferreira da Silva, filha do casal celebrado no desfile.

Fonte: G1